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Resenha: Constantine 1X01 - Pilot

By 05:52 , , , ,


Cartaz promocional da série

Seguindo a "fórmula" de The Flash, Constantine também teve seu primeiro episódio vazado pela internet. Os downloads foram feitos aos montes e uma boa parcela da população pôde conferir a mais preciosa aposta do canal NBC. 

Eu estava ansiosa para assistir. Vou ser sincera - não conheço nada dos quadrinhos (como muitos heróis, John Constantine existiu primeiro na versão papel) e como a maioria, conheço o personagem apenas daquela versão cinematográfica com Keanu Reeves (me falaram que o filme foi um fracasso, mas eu adoro). Tendo em mente que o filme é bem diferente dos quadrinhos, eu não sabia muito bem o que esperar desse episódio.

De início, já somos apresentados ao protagonista supremo, o exorcista e mestre das ciências ocultas (pelo menos, é o que diz o cartãozinho de apresentação dele), John Constantine. O humor cáustico, as tiradas sarcásticas e a arrogância do personagem já são postas em prática nos primeiros minutos, enquanto ele participa de sessões no local onde está hospedado atualmente - um hospital psiquiátrico. Constantine viveu um grande fracasso em sua carreira, envolvendo a possessão, morte e condenação de uma menininha chamada Astra, por isso, tenta afastar-se de sua vida de combate ao capeta. Contudo, o trabalho o segue até o hospital e Constantine percebe que de certas coisas não dá pra fugir.

Dando alta a si mesmo, Constantine sai do hospital e vai a procura de uma garota que corre perigo e que é filha de um antigo amigo dele. Seu nome é Liv e as criaturas from hell estão em seu encalço - pior para Constantine, que jurou ao falecido amigo que iria protegê-la. Entre demônios, anjos e muitas lâmpadas piscando ou explodindo, os dois tem se derrotar o primeiro inimigo: Furcifer, um demônio que controla a eletricidade.

Liv e Constantine

Não sei se gostei desse episódio. Apesar de ter sido muito rápido e cheio de ação, não consegui me entusiasmar por muitas cenas. Chega a ser irônico: inúmeros acontecimentos condensados em menos de uma hora, mas em alguns momentos, me senti entediada. Talvez, seja justamente por isso - os produtores não conseguiram fazer algo harmonioso ou envolvente. Os personagens e acontecimentos são jogados em cima do espectador, as informações são arremessadas e o enredo esfregado na nossa cara. Não dá tempo de sentir a tensão pela aproximação do vilão ou empatia com os personagens principais. 

De fato, minha principal crítica vai para Matt Ryan, o interprete de Constantine. Achei ele meio forçado, como se não estivesse a vontade no papel. Enquanto ele falava, eu conseguia imaginar perfeitamente o diretor conduzindo suas cenas, falando como ele deveria agir e que cara deveria fazer. Quando um ator consegue nos encantar, esquecemos que aquilo que estamos assistindo é algo ensaiado e entramos de cabeça na história - e não foi o que aconteceu nesse caso. Lucy Griffiths, que faz Liv, é uma gracinha e eu automaticamente fui com a cara dela. Creio que dará uma boa mocinha. O anjo feito por Harold Perrineau ainda não mostrou a que veio e eu não simpatizei com o personagem. Estranhamente, aquele que eu mais gostei é o fiel amigo de Constantine, Chas (ator Charles Halford). Caladão e simpático, o típico pau pra toda obra que sempre acaba salvando o protagonista. Espero que Chas não seja jogado pra escanteio e acabe se tornando mais um secundário.

Não foi um grande episódio, no fim das contas. Quem sabe, eu estivesse com expectativas muito altas. Mas houveram algumas cenas dignas de atenção e na maior parte do tempo, os efeitos especiais foram bons. É possível que toda essa correria e overdose de informações tenha sido uma ação eufórica dos produtores, na tentativa de envolver o público no piloto. Minha esperança é que a situação se estabilize no segundo episódio - afinal, eu vou continuar acompanhando. Constantine ainda é a minha grande esperança para as estreias desse ano.

Só um aviso: apesar do episódio vazado, Constantine só estreia (nos EUA) em outubro, dia 24. Muito longe :(

E uma curiosidade: em uma das cenas da série, a personagem Liv pega uma máscara um tanto quanto curiosa. Na verdade, é a máscara do Sr. Destino, um herói mui foda e integrante da Liga da Justiça. De fato, os quadrinhos de Constantine (Hellblazer) são publicados pela DC Comics, assim como os da Liga da Justiça. Será que teremos algumas participações especiais na série? Tomara. 

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