Crítica - Penny Dreaful: "Grand Guignol"
Don't kill me papii!
CUIDADO: AÍ VEM SPOILER!
Mais uma temporada de série que acaba. Penny Dreadful chegou chegando, arrasou corações e foi renovada para uma próxima temporada. E eu ainda tô espantada que esse episódio tenha sido a season finale. Como isso? Eu, como pessoa desinformada que eu sou, assisti alegremente sem nem desconfiar de que, após os minutos finais, estaria órfã dessa série por meses! E o pior é que a despedida nem foi a altura.
O episódio 7, "Possession" foi coisa de cair o queixo. Tenso, incrível, demoníaco, emocionante. Todos os atores estavam estupendos, sendo que Eva Green superou qualquer limite de talento - a mulher nasceu pra ser endemoniada. Um episódio perfeito, cujas cenas de possessão e exorcismo foram mais bem feitas do que muito filme de terror milionário.
Não dá pra dizer o mesmo de "Grand Guignol".
A maior concentração do oitavo epidósio foi em cima do núcleo "monstrinho de Frankenstein". Só eu acho esse núcleo chato? No meio de tanta loucura, o monstrinho com problemas de autoestima fica deslocado. Ele levando um fora da atriz bobinha do teatro, depois se lamuriando para o sempre apavorado doutor Frankenstein... Sei que deve ser dramático e que as questões do monstrinho são profundas, sensíveis e tal. Mas acho entediante e repetitivo. As falas da criatura são muito parecidas sempre que ele surge.
E o que dizer de Mina? Estão procurando a menina a série inteira e quando encontram, a cena de confronto dura dois minutos? Cadê a tensão? A indecisão? As lágrimas? Só uma troca de olhares entre ela e Sir Murray, algumas falas clichês e puf! Adeus Mina. Para uma questão que foi tão abordada e que aparentava ser central na série, Mina foi descartada muito facilmente. Esperava mais.
E o mesmo vale para os vampirinhos e a grande luta que, aparentemente, foi uma espécie de clímax. As vampire bitches atacaram os mocinhos e o vampiro funcionário pálido e careca (porque vampiro patrão só tem um - Drácula. Pelo menos, suponho que seja. De qualquer forma, ele não deu as caras) foi morto com uma espadada de Murray. Tudo fácil demais.
Três pontos negativos principais. Para equilibrar - já que eu achei o episódio mediano - apresento agora os três bons momentos de "Grand Guignol":
- A morte de Brona: não gostava dela. O Ethan tem potencial, mas a Brona arrastava ele para obscuridade. Acho que ela ficará melhor como monster bride.
- Ethan peludo: tá aí algo que tava faltando nessa série! Um lobisomem para aterrorizar o grupo pálido dos vampiros. Juro que eu não esperava e nem quando a filmagem de um enfoque na lua cheia eu me toquei (#anta). Só quando os pelos extra e as presas surgiram em Ethan que a ficha caiu. Adorei. Acho que combina com o personagem.
- O fora em Dorian Gray: Vanessa finalmente mandou o menino pastar - de forma mui educada, claro. Por favor produtores, mudem esse ator! Não consigo entender como ele pode pegar metade do elenco sendo que se parece com um menininho de 16 anos frágil e que faz beicinho quando é contrariado.
O episódio não foi grande coisa, tanto que a falta de emoção nem me fez notar que eu estava assistindo o último da temporada. No entanto, isso em nada desmerece a série, viu? Ainda é melhor do que muitas e, sem dúvida, merece ser assistida. Até a próxima temporada!
P.S.: em 85% das vezes, são atores bonitões que fazem os lobisomens na versão humana. Por que? Uma questão para se refletir.
P.S².: Taylor Lautner não é e nem nunca será um lobisomem (julguem-me)
P.S³.: sou incapaz de achar qualquer atrativo nesse rapaz desde que vi essa imagem:
Agora só vejo lhamas.
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