Enfim voltei das férias.. tão merecidas e esperadas férias. Tive que deixar o blog parado, pois era meio complicado usar o PC. Totalmente fora de comunicação com o mundo. Mas agora estamos de volta (ou só eu, tenho que ver quando a Jana volta) e estou postando a continuação do post – Pirâmides, impossível construí-las??? PARTE I –
Vamos lá então... esse ao menos é beeeeem menor que o outro post.
Não tenho informações de onde exatamente surgiram alegações de que seria impossível construir réplicas de pirâmides do Egito. Porém, já ouvi muitas vezes que a complexidade de tais pirâmides supera o que seria esperado para o nível da
tecnologia que se imagina ter sido atingido naquela civilização. Dessa forma, a crença popular tende a preferir explicações fantásticas, nada parcimoniosas ou científicas,
como a de acreditar que os egípcios eram alienígenas, algo que também já me foi dito.
O importante a ser salientado é que, para alguém propor que egípcios faziam parte de uma espécie mais complexa ou mais derivada do que a espécie humana, esse alguém teria que arcar com o ônus de demonstrá-lo com alguma evidência.
Bem, a primeira pirâmide foi construída não por Quéops, nem Quéfren nem Miquerinos. Ela foi construída por Esnéfero [Sneferu, Snefru], pai de Quéops - e deu errado! Como a base não ia agüentar, eles tiveram que diminuir a inclinação das paredes a partir do meio da pirâmide e, bem, nem uma pirâmide verdadeira acabou sendo.
Depois Esnéfero mandou construir uma pirâmide de verdade, e foi construída a grande Pirâmide Vermelha, que também apresentou problemas. Foi preciso uma terceira tentativa para o grande faraó encontrar um lugar para seu repouso eterno.
Então, foi seu filho, Quéops, quem finalmente conseguiu solucionar todos os problemas técnicos e construir a maior de todas as pirâmides.
AS PIRAMIDES E O NILO
Embora praticamente todos tenham aprendido na escola que um dos alicerces da antiga civilização egípcia eram as cheias anuais do rio Nilo, o significado disto parece não chegar às mentes das pessoas, talvez por um simples motivo. As cheias anuais do Nilo já não ocorrem como antigamente.
Onde antes as águas do segundo maior rio do mundo podiam chegar quase todo o ano até as margens do planalto de Gizé, a pouca distância das famosas pirâmides, hoje vemos cidades densamente povoadas, construídas em algumas décadas e que não lembram ao turista que toda aquela área era periodicamente inundada. Daí a estranheza da fotografia acima: é uma paisagem que não é vista há décadas.
As cheias do Nilo e a posição das pirâmides são um detalhe muito importante para entender melhor como os antigos egípcios conseguiram transportar blocos de toneladas das pedreiras até as pirâmides. Como se vê na fotografia por satélite acima, as pirâmides estão nas margens do planalto de Gizé. As cheias ligavam pela água as pedreiras até o local onde as pirâmides foram construídas, principalmente com a ajuda de canais construídos para tal. O próprio Heródoto, que viveu 2.000 anos depois da construção das pirâmides, mencionou o uso de tais canais pelos egípcios.
RABIOLA
Nós sabemos que os antigos egípcios se aproveitavam do vento e do Nilo em seus barcos. A região conta com ventos razoavelmente constantes vindos do noroeste, o que faria a alegria da garotada. E de Maurice Clemmons, para quem o disco alado de Hórus seria nada menos que uma enorme pipa.
As “evidências” de Clemmons não parariam aí. O ankh, um símbolo de vida pervasivo na cultura, seria originalmente uma ferramenta para controlar cordas, similar à usada em competições de pipas ou em um rapel. A corda é enrolada no ankh algumas vezes, e a fricção garante melhor controle sem esfacelar mãos. Nada de latas de óleo ou achocolatado vazias.
O pilar de Djed, símbolo de estabilidade, seria mesmo um mastro, com posições próximas do topo onde as cordas poderiam ser fixadas. O shen, uma corda amarrada em Hórus e outras figuras aladas seria a representação de um ponto de ancoragem ou um nó. E assim por diante, Clemmons consegue reinterpretar quase toda a antiga simbologia egípcia como baseada na tecnologia de pipas, encontrando paralelos e os principais elementos devidamente simbolizados. Simbologia oculta é isso aí.
Em janeiro de 2004, contando com recursos próprios de vários entusiastas, um obelisco de onze toneladas foi erguido no deserto da Califórnia em uma hora com apenas uma pipa. Repetindo: onze toneladas, uma hora, uma pipa. A tecnologia, uma vez dominada, poderia ser aplicada facilmente de maneira modular: adicione mais pipas para levantar blocos muitas vezes mais pesados.
Tudo isso é comum, tudo isso é “ortodoxo”, é algo das “otoridades”. Tudo isso, tão elementar, torna-se invisível. E, omitidos, elementos simples como os que vimos aqui acabam dando margem a idéias fantasiosas e atraentes, mas comprovadamente falsas.
Há muitos mistérios verdadeiros a desvendar. Não sabemos exatamente como as pirâmides foram construídas. É uma questão aberta. Por outro lado, não sabemos exatamente mesmo como a Pont du Gard foi construída. Isso não a torna subitamente misteriosa. Temos várias pistas e teorias, muito terrestres.
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