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Carinhosamente chamadas assim, a anorexia e a bulimia se tornaram uma obsessão para algumas meninas. lembro vagamente que vi uma reportagem do Globo Reporter, se não estou muito enganada (caso esteja, desculpe), onde a repórter acompanhou um garoto a um restaurante para almoçar. Achei absurdamente pouco o que a repórter pegou — meio prato de comida — enquanto o garoto pegou poucas ervilhas e sei lá mais o que que não deu nem o tamanho do meu dedão.

Não vou falar sobre dados técnicos da doença. Afinal isso se encontra em qualquer canto da internet sem muito esforço. Vou falar da idiotice dessas meninas em buscar o "corpo perfeito" e cairem na armadilha da Ana e da Mia. Modelos magérrimas e lindas. Profissionais que buscam modelos nos padrões e tamanhos 0. Zero? Nem sendo só osso conseguiriamos isso. O pior é que grande parte da beleza nem sai com agua e sabão, mas sim com uma reversão no photoshop. É uma transformação de horas, mais um bom fotografo e depois um expert em editor de imagem. E ali esta a mulher perfeita.

Mas e cadê os reais padrões de beleza?

Perguntando para alguns homens que convivo, perguntei como seria a mulher perfeita, fisicamente. "Bundão, peitão. Com curvas, claro" foi o que a maioria falou. "Eu não gostaria de pegar uma pele e osso" disse meu irmão, vendo algumas fotos de uma campanha contra a anorexia e os padrões exigidos para as modelos.

Chega a uma conclusão: se as meninas tem consciência do que estão fazendo com elas mesmas, então só pode ser por muito dinheiro, e não para arrumar namorado e ser desejada por todos os homens.

E é nesse momento que entra a conversa que tive com uma colega de faculdade. Ela era bulimica, aos 16 anos, e tudo ocorreu porque ela tinha problemas com o pai. Foi, então, causado por problemas psicológicos. E o pior é não saber quando começou ou o por que. E mesmo vivendo aquilo, ela disse que não sabia o que acontecia. Era como se vivesse uma vida normal.

Para o então suposto doente, a vida dele não tinha mudança alguma. Não era doente e não fazia nada fora do comum. Isso até que os hábitos ficassem insuportaveis, o corpo não aguentasse ou a familia intervinha antes de ocorrer o pior.

Uma modelo morreu em pleno desfile, em 2006, por causa da anorexia. Se não me engano o nome dela é Ana Carolina Reston Macan.

E mesmo sabendo que a garota se vê gorda, feia e acaba não tendo vontade de comer, não consigo entender como o tato dela também a engana. A menina, pele e osso, se toca, vendo sua imagem gigantesca na frente do espelho, e não sente os ossos duros pressionando a palma da mão?

Acho que isso é uma coisa que, quem não tem contato com pessoas que sofrem ou sofreram, jamais entenderão.

Consegui algumas imagens de um site. Uma campanha com fotos alteradas por editores de imagem, para uma campanha contra a anorexia.

As fotos reais seguem abaixo:

Aproximadamente 10% das pessoas que sofrem de anorexia nervosa acabam tendo um fim trágico. É uma tortura para a familia, um horror para o doente e uma desestabilidade para a sociedade.

Alguns blogs de pessoas que sobrem de bulimia e anorexia dizem que isso não é uma doença, mas sim um estilo de vida. Criaram suas próprias girias, para ninguém reconhecer o que falam lá, e ainda incentivam outras pessoas a entrarem nessa onda. Se estou errada, me desculpem, mas é isso o que aparenta, com textos e incentivos sobre os benefícios de não comer ou, caso ocorra, de vomitar logo em seguida.

Precisamos dar um basta nisso.

Chega de modelos hiper-magérrimas, chega de ficar adotando o padrão de beleza como sendo as super magras. As pessoas são perfeitas como são. E os homens... bem, os homens não querem osso, esses são os cachorros, parente próximo.

E por fim, quem cria o padrão de beleza são os estilistas. E convenhamos, a maioria deles é gay. Nem gosta de mulheres e não entende bulhufas de beleza feminina. Apenas de roupas — coisa que duvido, vendo os desfiles com pedaços de panos muito esquisitos.

As imagens foram tiradas do site "O Caçador de Mistérios", link logo abaixo, para quem ficar interessado. Tem pulhas e desvenda os mistérios da internet e daquelas corrente chatas que chegam no e-mail de todos nós.

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