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Crítica de The Walking Dead (S05E10)

By 06:06 , , ,



Um episódio apático na maior parte do tempo, assim como seus personagens.

Pouco aconteceu, embora no finalzinho tenha engrenado. Começamos com o grupo de Rick perdido e fudid#. Sem água, sem comida, todo mundo cambaleando para um destino incerto.

E em meio ao povo que tenta continuar, temos três pessoas que se destacaram no episódio justamente porque perderam a paciência com o mundo e não sabem se querem permanecer muito mais tempo nele:


Daryl: me dói perceber o quão importante Beth era para ele. Daryl está custando para se recuperar, principalmente pela dificuldade em demonstrar seus sentimentos na frente dos outros - por isso, ele tenta se afastar.
Eu e Daryl jamais iremos nos conformar

Obs.: sinceramente, nunca vou entender o pessoal que quer que Daryl e Carol tenham envolvimento romântico. A relação deles é fraternal demais! Já disso isso aqui - eles parecem mãe e filho ou algo parecido. Se acontecer algo a mais, vai ser nojento.

Maggie: incrível como essa personagem fica mais interessante quando não está limitada ás interações com Glenn. Depois de se acostumar com a ideia de que a irmã estava morta, para então descobrir que ela estava viva e em seguida descobrir que ela estava morta, Maggie teve um colapso. Ela realmente não aguenta mais essa versão dead do mundo e a atriz demonstrou esse cansaço muito bem. Deu pra perceber o "não aguento mais" de Maggie em cada movimento e olhar.

Dane-se essa merda

Sasha: após perder seu irmão, ela conseguiu ficar mais chata do que o de costume... Enquanto os outros dois adotaram uma postura mais deprimente, Sasha optou por ser revoltada. E continua não agradando - mesmo com todo o drama, simplesmente não consigo sentir empatia por essa mulher.

Os demais do grupo não tiveram muita participação, o que faz com que a vontade de se importar com eles diminua. Claro, há alguns que, para mim, serão sempre intocáveis, como Michonne... Mas outros, como aquele ruivo grandão e sua trupe (não sei o nome de nenhum deles o/), além do padre, se tornaram personagens que poderiam morrer a qualquer momento e não fariam falta nenhuma. 

Creio que esse é um dos grandes atuais problemas de The Walking Dead - personagens demais e falta de espaço para desenvolver cada um deles.

O outro problema é a falta de um enredo consistente - coisa que não acontece desde que o Governador foi dessa para uma pior. Prova é de que nesse episódio, a emoção foi pouca... Destaco apenas dois momentos que não envolveram depressão pós-morte/trauma:


- Água milagrosa: alguém deixou várias garrafinhas de água limpinhas no meio da estrada, de presente para o nosso grande e deprimido grupo. Deve estar relacionado com o cara limpinho (limpinho demais = suspeito) que aparece no final do episódio, anunciando boas notícias;

Eu venho em paz

- A união faz a força: como o grupo estava fragmentado, houve um momento que os uniu de novo - e eu tenho que admitir que achei a cena bem bonita. Quando a tempestade estava assolando o pequeno celeiro que serviu de refúgio para o grande grupo, uma penca de zumbis apareceu para tentar invadir. E para impedir que a porta cedesse, todo mundo vai para segurar; foi bem dramático o esforço do povo misturado aos trovões e éeerhghhh dos monstros. Ah, e no final, quando Sasha e Maggie descobrem que um vendaval assolou os zumbis e deixou o celeiro intacto... Sei lá... Deu uma bonita impressão de que eles não estavam "abandonados", no sentido metafisico da coisa.

Bem, espero que o tal enredo consistente comece a dar as caras no próximo episódio, que promete ser bem mais tenso do que esses dois últimos.

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